segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Não sei onde estou indo, mas sei que estou em meu caminho

Sempre tentando viver fora de mim, com medo do que posso encontrar se olhar para dentro e perceber que sou quem nunca quis ser. Em momentos alheios as minhas vontades, sou vários tentando ser apenas um. Percebo anseios em mim que não são meus, desejo de ser outro alguém melhor ou pior, a essa altura tanto faz.

Seguindo em uma estrada dúbia que não vejo onde me levará. Caminho tortuoso nunca trilhado por mim segue sem rumo onde nenhum guia possa me direcionar. Vou trilhando a estrada de minha vida com minhas escolhas. A linha do horizonte só determina até onde alcançam meus olhos, não meus pensamentos, não até onde minhas pernas possam me levar, e pretendo ir ainda muito mais além.

domingo, 6 de novembro de 2011

Perdido a imaginar-te

Acordei como se estivesse preso ao sonho

No lembrar do castanho dos teus olhos

O contorno da tua boca em teu sorriso

perdi-me completo em devaneios ébrios

A brisa deste mar trás teu perfume

E o sol que me aquece lembra teu calor

O movimento destas águas são como tuas pernas

Que me prendem a sentir teu furor

Num caminho torto de memórias ínfimas

Recordar-me-ei dos dias que não vivemos

Perdido a imaginar-te em cada vão momento

Momento em que nós dois seremos um

Fim de mim

Em versos me completo

Alheio a anseios de uma falsa vida

Momento deveras incerto

O prefiro a quem vo-lo diga


Semelhanças nunca vistas

De momentos imaginários

Assim sou como retratista

Quem não retrata o próprio quadro


Proclamo-me assim dono de mim

Sem saber a quem pertenço

Sem saber se haverá um fim


Incerto assim como penso

Penso que logo não há fim

Fim que estou propenso